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O menino e a garça – Belíssimo, lindo, mas não entendi nada!

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  Sempre me peguei pensando sobre o que era o sentimento de luto. O sentimento em si sempre me remeteu a falta, ausência, a simplicidade da dor do deixar de existir do outro (afinal de contas nunca deixei de existir, logo não sei se existe o luto de si). E esse pensamento me veio como bombardeio na semana passada quando tive o privilegio de assistir o filme O menino e a garça, animação indicada ao Oscar de melhor animação, a convite da Sato company e Espaço Z. O filme traz novamente o mestre Hayao Miyazaki em sua genialidade que nos convida a pensar sobre perda, inexistência e o fantástico, enquanto nos embriagam com uma belíssima animação que só poderia ser produzida pelo Studio Ghibli. Mas e trama? Ao sair do cinema brinquei com meus colegas críticos que achei o filme lindo, belíssimo, mas não tinha entendido nada. Claro que não passava de uma piada, mas sendo sincero o filme joga em você diversos temas, sem se preocupar em concluir ou explicar nada, mas essa é a graça da experie...

As Tartarugas ninjas – Caos mutante

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Depois de anos sendo protegidos do mundo humano, os irmãos  tartaruga  decidiram conquistar os corações dos nova-iorquinos e serem aceitos como adolescentes normais por meio de atos heroicos. Sua nova amiga, April O’Neil, os ajuda a enfrentar um notório sindicato do crime, mas eles logo se envolvem quando um exército de mutantes é lançado sobre eles. Essa é a sinopse do novo filme das tartarugas adolescentes mutantes ninjas mais famosas do mundo, que voltam as telonas, numa animação frenética, na direção dos diretores Jeff Rowe, Kyler Spears. O filme em si aborda mais uma vez a história que já vimos repetidas vezes... Como 4 tartarugas viraram mutantes e foram treinadas nas artes ninjas por um rato, também mutante. Nesse ponto o filme não traz nada de muito novo, mas confesso que para mim essa temática é sempre bem-vinda, não pelo seu primeiro plano, a ideia de animais mutantes versados nas artes marciais andando por aí, é meio assustadora, mas sim, como a versatilidade do...

Toc toc toc - Ecos do Além (2023)

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Toc toc toc - Ecos do Além (2023) Dir.: Samuel Bodin Toc… toc… toc… Quem é? É a Polícia Federal! Não consegui resistir a fazer essa piada e relembrar desse momento icônico no parlamento brasileiro. Mas agora falando da película da Paris Filmes, pode ser um caso de polícia, dependendo do que você faria se ouvisse um barulho estranho no seu quarto à noite. Fomos assistir, a convite da Espaço Z, ao novo filme de terror que estreia no dia 31/08/2023. A primeira surpresa foi ver o nome de Seth Rogen como produtor do longa, sendo a primeira vez que produz um filme do gênero. Não sei se foi uma boa escolha, apesar de ter me tirado umas risadas com as bizarrices do roteiro. A história segue Peter (Woody Norman), um garoto de 8 anos, que vive com os pais numa casa decrépita em uma vizinhança genérica. O menino sofre bullying da forma mais tradicional, com bolinhas de papel e frases do tipo: "vou te pegar na hora do recreio". Durante à noite, começa a ouvir batidas nas paredes de seu q...

Heartstopper - 2ª temporada (2023)

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Resenha Heartstopper (2022) - 2ª temporada (2023) Criadora: Alice Oseman Dir.: Euros Lyn Falar de Heartstopper, da Netflix, é uma mistura saborosa de sensações. Pessoalmente, falhei em trazer um episódio na Oniiverse sobre a primeira temporada e escrevo essa resenha, com leves spoilers, como uma forma de redenção por Charlie e Nick. 🍂🍂🍂 Assisti a primeira temporada incontáveis vezes. Cheguei ao ponto de terminar o último episódio e voltar para o primeiro logo em seguida. A vibração pela série se deu inicialmente por motivos óbvios: é uma série gay e sou fã do gênero BL, mas não quero adentrar nessa discussão, já largamente promovida pelo fandom da série. Fora a clara identificação com a história de adolescentes queers passando pela escola e todo o processo de descoberta e auto-aceitação, a série traz signos e referências, pelo menos no nível de relações amorosas, que os adolescentes heterossexuais possuem e assistem durante todo seu amadurecimento. Os filmes e séries adolescentes re...

CRÍTICA: BESOURO AZUL

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   Nova DC do cinema começa com o pé direito equilibrando ação e coração Por Raphael Martins Muito se tem falado sobre a ‘’nova era’’ do universo DC nos cinemas capitaneada por James Gunn ( Guardiões da Galáxia, Pacificador ), que carrega a promessa de deixar as problemáticas produções anteriores da casa para trás em favor de uma nova linha do tempo realmente coesa e feita com muito mais carinho e cuidado. O primeiro filme desta timeline é Besouro Azul , que chega aos cinemas hoje (17) e que é, para a alegria e alívio deste crítico, um excelente começo. O longa dirigido por Angel Manuel Soto consegue tanto apresentar o super-herói quanto celebrar a cultura latina de uma forma bastante competente, se afastando de estereótipos fáceis para contar uma história que equilibra humor, ação e coração em uma trama que não traz nada de novo, mas que é tão bem conduzida que isso não se torna um problema. A HORA E A VEZ DE JAIME REYES Criado em 1939 por Charles Nicholas Wojtkowski , o B...

Crítica: Asteroid City

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  A convite da Universal e espaço Z assistimos ao novo filme do diretor Wes Anderson, Asteroid City O filme se situa no desenvolver de uma peça de teatro nos anos 50 onde traz a consequência da chegada da itinerária convenção de observadores cósmicos, onde vários personagens de diferente e marcantes personalidades sem vem presos no que seria o maior evento para observadores do universo: O avistamento de seres extras terrestres. O filme brinca com vários planos dessa amalgama de acontecimentos, entre a execução do roteiro da peça de teatro, os bastidores da mesma, até mesmo passando pelo processo de criação do e inspiração do dramaturgo, sobrando ainda tempo para pincelar as relações pessoais de personagens do filme. A parte técnica foi que me deixou mais preso ao filme, as cores sempre vibrantes e definidas, quando estamos vendo a peça ser encenada que se contrasta ao ver os bastidores o que seria “a vida real” que sempre está em preto e branco, talvez seja alguma mensagem re...

CRÍTICA - URSINHO POOH: SANGUE E MEL

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   Versão terror do clássico infantil não funciona nem na base da zoeira   Por Raphael Martins Se você é fã de cultura pop, em algum momento pela internet afora já deve ter esbarrado com o termo ‘’domínio público’’. Basicamente, a partir de 70 anos depois de sua primeira divulgação, uma obra ou personagem passa a pertencer ao mundo e qualquer um pode fazer o que quiser com ela sem precisar pagar uma quantia quase sempre generosa para alguém, o que significa que, se você quisesse fazer um filme na sua garagem estrelado por Sherlock Holmes, você poderia.  Pois bem: um desses personagens que hoje estão em domínio público é o Ursinho Pooh, e um filme feito na garagem talvez tivesse sido melhor do que o que é apresentado em Ursinho Pooh: Sangue e Mel, versão de horror do clássico escrito por Alan Alexander Milne em 1925. Eu queria estar brincando, mas não estou, o filme é tão desastroso que eu mesmo tive problemas para encontrar motivação para escrever esta crítica...