O menino e a garça – Belíssimo, lindo, mas não entendi nada!

 


Sempre me peguei pensando sobre o que era o sentimento de luto.

O sentimento em si sempre me remeteu a falta, ausência, a simplicidade da dor do deixar de existir do outro (afinal de contas nunca deixei de existir, logo não sei se existe o luto de si).

E esse pensamento me veio como bombardeio na semana passada quando tive o privilegio de assistir o filme O menino e a garça, animação indicada ao Oscar de melhor animação, a convite da Sato company e Espaço Z.

O filme traz novamente o mestre Hayao Miyazaki em sua genialidade que nos convida a pensar sobre perda, inexistência e o fantástico, enquanto nos embriagam com uma belíssima animação que só poderia ser produzida pelo Studio Ghibli.

Mas e trama?

Ao sair do cinema brinquei com meus colegas críticos que achei o filme lindo, belíssimo, mas não tinha entendido nada. Claro que não passava de uma piada, mas sendo sincero o filme joga em você diversos temas, sem se preocupar em concluir ou explicar nada, mas essa é a graça da experiencia, ele te faz pensar e se sentir incomodado como ele está constantemente te convidando a se indagar “será mesmo que entendi isso?”

Acompanhamos a trajetória de Mahito, jovem de 15 anos em uma jornada espiritual fantástica onde, passado presente e futuro se colidem e criam realidades distintas que fazem o jovem e seu acido companheiro (a garça) se vejam em meio a escolhas e conflitos de ordem moral e  espiritual, assim sem se preocupar com o modos operante dos roteiros ocidentais, a trama, vem inserindo você e o personagem a uma realidade que não sabemos de quase nada mas precisamos ir nos adequando, como alguém que tem um algo arrancado de si mas não pode parar, pois o mundo não te dar essa chance.

Preciso aqui destacar muito o caráter técnico do filme, trazendo não so roteiro com parte central, mas também as animações, estilo e musica como parte supra importante da obra.

As cores têm a função de demarcar sentimentos, dor, alivio, depressão e perda.

Quem assina a trilha mais uma vez é Joe Hisaishi, responsáveis por outros sucessos do estúdio, aqui não obstante, preenche a obra com suas trilhas impecáveis, marcantes e simplesmente arrebatadoras.

 O filme chega em 22 de fevereiro em todos os cinemas brasileiros, não deixe de garantir seu ingresso para  mais esse grande sucesso das telonas.


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Paulo Victor (@pv_onii)


CEO da Oniiverse!

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