Sol de inverno - Crítica

 

Paletas frias com um inverno ensolarado. 

Sol de Inverno, uma jóia escondida do Festival de Cannes, dirigido por Hirosh Okuyama e distribuído pela Michiko Filmes é aquele típico filme japonês, ambientado nos anos 80/90 que você tem vontade de morar numa cidade pequena que neva, ouvindo citypop nas alturas com seu diskman e uma Polaroid pendurada no pescoço. 

Você sente a sensação de plenitude e lentidão, cotidiano lento, uma boa sensação da vida lenta e preguiçosa, que combina perfeitamente para um clima de inverno nevado.

E essa sensação que poderia descrever sobre o filme: leveza, lentidão, mas ao mesmo tempo, se mistura com empolgação, curiosidade, tranquilidade é que vamos explorar a vida de Takuya, que nada simpatiza e se sente pertencente a esportes "brutos."

Mas, em tal momento, algo, na verdade, alguém chama sua atenção. Sakura, é seu nome. Um nome familiar para qualquer consumidor de filmes ou animações orientais, o que se espera de alguém com esse nome? Alguém relutante, complexo, que precisa de paciência para desvendar tais camadas. E não é diferente por aqui. 

Mas, Takuya não se interessou só por ela, mas também pela patinação. E outro alguém também interesso pelo o interesse repentino do menino com a patinação. 

O professor e renomado patinador de gelo chamado Hirash vê uma oportunidade de treinar ambos, Sakura e Takuya. Bom...se eu contar mais, vou dar spoilers sem querer

Eu posso elogiar muita coisa: 

-ambientação, a trilha sonora que é barulhenta nos momentos certos, que achei sensacional essa quebra, visto que não esperamos de um  filme que tem esse clima.

 -a paralização envolvente de uma paixão à primeira vista.

 -o interesse repentino de um patinador renomado numa cidade pequena, talvez teve ali uma projeção ou só aquela empolgação na qual não sentia faz tempo da própria profissão.

-Pelo filme passar no cotidiano, é outro motivo do ser tão aconchegante, o elo criado pelo trio é genuíno, apesar de tal quebra tão repentina, por ser súbita, arrebate. 

A reflexão que eu tive foi: o egoísmo positivo é necessário muitas vezes em nossas vidas, mas, ainda machuca.

O final é subjetivo, intenso, lindo e esperançoso. Eu facilmente assistiria de novo, e farei isso quando lançar.





Lara Lima (@larim.acopy)

(colunista na Oniiverse)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Manas, 2025.

Crítica 12. 12: O Dia

Ainda estou aqui, 2024