Kasa branca - crítica

 

Kasa Branca, filme nacional dirigido e roteirizado por Luciano Vidigal, produzido pela Sobretudo Produção, nos faz ter questionamentos internos, nos coloca em uma reflexão: como eu agiria se eu não tivesse ninguém da minha família para um momento tão difícil que estou vivendo?

O desespero, desesperança, pessimismo e dificuldades constantes nos paralisa, faz com que a gente não tenha impulso de como podemos resolvê-los, ou melhor, não faz a gente perceber, em primeiro momento, quem está lá por nós nesses momentos de barra. 

Quando nos encontramos ‘’sozinhos’’, temos de lidar com complexidades que quando tentamos expressar, não vão entender, por mais que tenha aquela tentativa de terceiros. 

E lá vem as crises: por que ainda tô nessa vida, sendo que aqui, me faz sofrer tanto?

Enfim, foi só uma introdução para falar um pouquinho do que senti ao assistir esse filme. 

Ao assistir, vamos conhecer Dé, um adolescente negro da periferia da Chatuba, no Rio de Janeiro, que cuida de sua avó com Alzheimer, e em suas consultas rotineiras, recebe a notícia de que ela chegou na fase terminal da doença. 

Se eu contar mais, vai ser spoiler. Mas vamos acompanhar sua vida, junto de seus melhores amigos, vamos ver momentos de tristeza, desespero, luto, abandono, cicatrizes que ainda vão precisar de um tempinho pra serem saradas.

Confesso que foi, na verdade, está sendo difícil escrever essa crítica, visto que, muitas coisas que aconteceram com ele, falo até mesmo do meio em que o mesmo vive, não aconteceram ou não acontecem comigo, então, é muito a questão do lugar de fala. 

Mas, me fez chorar, me fez refletir, me fez ter repertório, principalmente quando tais coisas começaram a fluir, principalmente, a percepção do personagem principal em sentir e entender que ele não estava sozinho. 

Vale a pena. O cinema brasileiro deve ser mais aclamado.

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