Crítica do filme “Nosferatu”
O medo não é da escuridão, mas sim do que nela se arrasta. “P or falta de um prego perdeu-se a ferradura. Por falta da ferradura, perdeu-se o cavalo. Pela falta do cavalo perdemos o cavaleiro. Sem o cavaleiro perdemos a batalha e, por falta desta, perdemos a Guerra”. Tenho este parágrafo quase que de cor. Digo quase pois suas palavras se esvaem conforme passa o tempo. Desde quando eu era um menino que tinha medo do escuro. Hoje não tenho mais medo da escuridão, mas sim do que nela se esconde. A razão de escolher começar esse texto através deste parágrafo vem do fato de que a existência deste filme que assistimos se deu através de algo tão caótico quanto o fato de se perder um prego: Murnau, diretor do filme original (Nosferatu: Uma Sinfonia do Horror - 1922) não possuía os direitos de uma adaptação cinematográfica da obra Drácula , do escritor irlandês Bram Stoker. Mesmo assim “adaptou livremente” o livro para filme, o que gerou todo um imbróglio jurídico que resultou na q...