Crítica do filme O Urso do Pó Branco
Não sei nem por onde começar...
Por Inácio Saldanha - Oniiverse Podcast
Não é segredo pra ninguém que os episódios que eu mais gosto de gravar na Oniiverse! são os episódios de aleatoriedades. São episódios sem pauta, só com o mic ligado e torcendo para não levar processo. Esse gosto pela aleatoriedade também me faz gostar muito de obras que quebrem minhas expectativas. Felizmente é o caso aqui desse filme.
Lembro que não fazia a mínima ideia da existência desse filme até ele aparecer do nada como propaganda no Youtube. Ver um urso cheirado travou meus movimentos e não pulei o anúncio. E depois fiquei parado no tempo tentando entender o que era aquilo. E hoje, graças ao convite do Espaço Z e Universal para que a gente participasse da cabine de imprensa (OBRIGADO ESPAÇO Z E UNIVERSAL, NÓS AMAMOS VOCÊS!!) eu pude ver que o trailer não tinha me preparado para o que viria.
Confesso que, em um primeiro momento, achei que seria algo bobinho até que, depois de uma cena em um avião, apareceu um texto de como se defender de ursos. Daí pra frente a coisa virou uma loucura só. Eu não vou dizer aqui o que acontece porque eu gostaria que vocês tivessem a mesma experiência, mas a coisa vai tomando uma proporção que fica fora do controle.
Eu fiquei apaixonado pela direção da Elisabeth Banks e pela fotografia desse filme. Os planos abertos dão noção do tamanho do parque onde os personagens estão desenrolando suas histórias. Sim, histórias. Temos vários núcleos que tem seus próprios objetivos mas que acabam tendo como intersecção o Urso e o “pó branco”.
O elenco é um dos pontos altos do filme. Os personagens de cada grupo tem uma interação muito boa mas, para mim, o destaque é Christian Convery como Henry. Seu timing de comédia é muito certeiro sem ser forçado. Ainda sobre o elenco esse foi um dos últimos filmes de Ray Liotta , falecido ano passado. Aqui ele entrega uma performance cômica de um traficante que, além de tudo, é um péssimo pai.
Por fim, esse é um filme que me trouxe muitas lembranças de um tempo passado, da minha infância e adolescência onde a gente ligava a tv baixinho para assistir filmes de terror. De quando os filmes tinham noventa minutos. De filmes mais simples. Ao final da sessão tentei recordar qual filme ele me lembrava até que, finalmente, lembrei:
Esse longa me lembra Fome Animal.
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