The last of us 

Ep 1

A série da HBO começa com todo gás! 


Baseada na série de jogos da Naughty Dog com o mesmo nome, se passa em um futuro pós apocalíptico onde uma pandemia de um fungo, “Cordyceps” que inclusive existe na vida real, e está presente no Brasil, toma os seres humanos e transforma seu hospedeiro em um ser agressivo e carnívoro, quase um zumbi, movido por um fungo. 

O primeiro episódio se inicia com uma entrevista onde especialistas das áreas de fungo e vírus, discutem em um programa de tv sobre qual seria as consequências de uma pandemia mundial, de seus respectivos objetos de estudo. Em um monólogo melancólico, o especialista de fungos apresenta o cenário que viria a ser abordado durante a série. 

Logo somos apresentados a Sarah e Joel, filha e pai, que se você já jogou o game de 2013 sabe seu trágico fim, mas confesso que a série trás basicamente a mesma linha de acontecimentos, onde ela conserta o relógio do pai em seu aniversario e no mesmo dia o “o mundo acaba”. A analogia do relógio consertado é importante para esse episódio, pois a morte de sua filha também faz com que o tempo de Joel pare, que sua bússola moral quebre, sendo assim, somos transportados para vinte anos no futuro, onde somos jogados em uma sociedade totalmente diferente. Sobreviventes desse fungo se isolaram e se adaptaram e vivem sobre tutela de um regime totalitário, que reprime qualquer aceno erro com a morte, vide a cena de enforcamento em praça pública por crimes como, “sair ou entrar na zona de quarentena sem autorização”. O cenário também nos mostra roupas gastas e sujas, até mesmo a polícia e membros do governo com roupas sujas e gastas, pessoas com membros amputados, realmente um cenário de uma sociedade que vive no limite do medo e do desespero. Joel reaparece agora como um traficante pé de chinelo, que troca drogas por cigarros e trabalha em serviços simples para ganhar a vida. Sua realidade mudou totalmente, agora parece mais frio, mais decido e traumatizado. O medo de perder alguém da família é presente após esses longos 20 anos, medo que move a trama, pois na busca de notícias de seu irmão, entre em uma ou outra caçada que lhe leva até Ellie: Uma menina sarcástica, atrevida, persistente e muito forte em sua personalidade e convicções. Aparece em uma sala presa por um grupo de revolucionário chamado “vagalumes” que tenta derrubar o governo ditatorial vigente, mas que está perdendo a guerra. Por algum motivo (nós que jogamos o game já sabemos) a líder dos revolucionários decide apostar tudo em Ellie, enviando para uma espécie de quartel dos rebeldes, em uma troca de tiros vê em Joel e Tess sua única forma de levar a menina até seu objetivo. 

Logo nas primeiras interações percebemos a química na atuação de Bella Ramsey e Pedro Pascal, que se complementam, e que tal qual no jogo você entende que dali sairá uma relação paterna incrível. 


Notas e elogios para equipe de caracterização, arte e fotografia, existem trechos do episódio que você se sente jogando o game novamente. A Equipe de dublagem também deu um show a parte, trazendo aqui novamente as mesmas vozes do jogo de 2013.  

Como eu disse, existem trechos tão fiéis
ao game de 2013, mas isso não tira o brilho da obra, tanto para quem assiste pela primeira vez, quanto para quem já furou o disco de tanto jogar.


Paulo Victor 

Host, colunista e editor da Oniiverse!






Comentários

  1. Cara, eu precisei parar o episódio aos 33 minutos pra respirar. Achei a construção da Sarah muito bem feita fazendo com que eu me importasse mais ainda com ela. A Nico Parker está maravilhosa nessa personagem. O mundo pós-apocalíptico é sujo, amoral, sem esperança.... "como deve ser".

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